Poucos destinos de férias são tão fascinantes e irresistíveis para os turistas quanto a Polinésia Francesa. As ilhas encantadoras, hotéis luxuosos com bangalôs sobre o mar azul-turquesa, praias com areias brancas, vegetação exuberante, o som do ukulelê (instrumento típico dos nativos daquela área) e os colares de flores presenteados a todos os visitantes que ali desembarcam são a perfeita definição do que seria o Jardim do Éden.
Região ultramarina da França localizada no Pacífico Sul, a Polinésia é composta de 118 ilhas agrupadas em cinco arquipélagos: Sociedade, Marquesas, Tuamotu, Austrais e Gambier. O mais visitado pelos brasileiros é o de Sociedade, onde ficam Tahiti, Bora Bora e Moorea. A região é tão espetacular que o ator Marlon Brando, nos anos 1960, não resistiu e comprou o atol de Tetiaroa, que desde 2014 abriga o The Brando, um resort de luxo magnífico com lugar cativo na lista dos 10 melhores hotéis do planeta.
O Tahiti é a porta de entrada dos turistas na Polinésia Francesa. Papeete, a capital, merece pelo menos dois dias de visita para explorar as lagoas, as praias e os vulcões. Para uma autêntica experiência na ilha, visite o mercado Mapuru a Paraita ou o Musée de la Perle, para admirar – e comprar – as famosas pérolas negras. Na costa sudoeste da ilha, a vila de Teahupo’o, com suas ondas gigantes, é um dos melhores locais para a prática de surfe profissional no mundo.
Considerada a ilha mais romântica da Polinésia Francesa, Bora Bora é um destino tradicional para casais em lua de mel. A regra é uma só: relaxar e curtir o amor nas praias de areias extremamente brancas, banhadas pelo mar azul-turquesa e com uma vista incrível para o Monte Otemanu – um vulcão que parece um castelo. Faça um passeio de barco com destino a deslumbrante Blue Lagoon, onde é possível mergulhar com snorkel e ver algumas espécies inofensivas de tubarões e arraias. Reserve um catamarã para apreciar o pôr do sol no meio do oceano ou caminhe pelas trilhas enfeitadas de hibiscos no interior da ilha.
Moorea arrebata os visitantes com suas verdejantes montanhas de até 1200m de altitude, que possibilitam mirantes com vistas esplendorosas. As cachoeiras, as lagoas, os atóis e as áreas de mergulho com os tubarões-limão tornam essa ilha única. Outras atrações são as plantações de abacaxi – os mais doces do mundo, segundo os habitantes locais – e de flores, principalmente a gardênia, que os nativos também aproveitam para fazer uma deliciosa geleia.
Descoberto em 1595 pelo navegador espanhol Álvaro de Mendaña y Neira, o arquipélago das Marquesas foi batizado assim em homenagem ao vice-rei do Peru, García Hurtado de Mendoza y Manrique, o Marquês de Cañete. A maior ilha deste grupo é Hiva Oa, onde viveu e está enterrado o pintor francês Paul Gauguin, um dos mestres do impressionismo, falecido em 1903. O artista se instalou na Polinésia, em 1891, para fugir do que considerava a “civilização ocidental e toda sua artificialidade”.
A visita às fazendas de cultivo de pérolas negras na ilha de Manihi, no arquipélago de Tuamotu, é um passeio muito interessante para quem admira essas joias da natureza e quer entender como elas surgem. Já as ilhas Austrais são procuradas não só por suas falésias e cavernas, mas por serem o melhor point de observação de acasalamento e nascimento das baleias jubartes, vistas no litoral da ilha de Rurutu, entre os meses de julho e outubro.
Apesar de ter sido o centro do catolicismo polinésio no século XVIII, hoje o pequeno arquipélago de Gambier vive uma retomada de suas tradições culturais originais. Na ilha de Mangareva, no entanto, ainda é possível explorar um número surpreendente de edificações construídas nos anos 1800 como conventos, igrejas e presbitérios. O maior e mais antigo monumento religioso cristão da Polinésia Francesa está no vilarejo de Rikitea: a igreja de São Miguel. Reformada em 2012, a estrutura ainda é utilizada pela população local e apresenta um belíssimo altar incrustado com conchas de madrepérola. O arquipélago tornou-se uma fonte importante da indústria das pérolas taitianas.
Com tantas possibilidades, é impossível descartar a Polinésia da sua lista de desejos. Vous êtes d’accord?
Curiosidades:
– Por ser um território pertencente à França, os polinésios falam taitiano e francês. A moeda oficial é o franco pacífico;
– A melhor época para visitar a Polinésia Francesa é de maio a outubro. Os meses com menos chance de chuva são junho, julho e agosto;
– Brasileiros não precisam de visto para entrar na Polinésia Francesa, apenas passaporte válido. Mas é obrigatório levar o Certificado de Vacinação Internacional com a Vacina Contra Febre Amarela em dia;
– O termo tattoo teria surgido na Polinésia e foi popularizado pelo capitão britânico James Cook, que desembarcou no Tahiti em 1769. Ele teria escutado os nativos dizerem “tatau” para designar a maneira como a pele era marcada e repetiu como “tatoo” pelo continente Europeu;
– A ilha de Tahaa produz uma das melhores baunilhas do mundo, sendo considerada a que exala mais perfumes, com 240 aromas identificados.