A paradisíaca Ilha da Magia: a capital catarinense reserva atrações inesquecíveis
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A paradisíaca Ilha da Magia: a capital catarinense reserva atrações inesquecíveis

Sabe aqueles lugares que, de tão perfeitos, te levam a pensar no paraíso? Florianópolis, a capital de Santa Catarina, está entre os primeiros dessa lista. A viagem à “Ilha da Magia” é realmente inesquecível. A cidade atrai turistas brasileiros e estrangeiros por sua gastronomia, história e natureza singular.

NATUREZA

As 42 praias catarinenses – os manezinhos, como são conhecidos os nativos, garantem que são 100 -, encantam os visitantes. Jurerê, a queridinha de ricaços e celebridades, tem mar calmo, areias finas e uma excelente infraestrutura, com beach clubs que abrem aos finais de semana, bares, restaurantes e shopping center. A vida noturna é bem agitada, com uma intensa programação de shows e festas. As praias da Joaquina (Joaca para os íntimos), do Santinho e a Mole – assim chamada por suas areias fofas – são o destino certo para surfistas, praticantes de sandboard e amantes de parapente.

A intocada Lagoinha do Leste é de perder o fôlego. Entretanto, para chegar lá é preciso enfrentar uma trilha com um certo grau de dificuldade. A exuberância da paisagem compensa, e muito, o esforço. As águas verdes e calmas de Canasvieiras se tornaram point dos argentinos, que invadem essas areias na alta temporada.

A Praia do Campeche, com ótimas ondas, belas dunas e vegetação preservada, reserva um bônus nos meses de setembro e outubro: a possibilidade de avistar baleias e golfinhos. Vale ainda uma esticada à Ilha do Campeche, única ilha brasileira tombada como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional. O deslumbramento começa já no desembarque na estreita Praia da Enseada, de águas calmas, azuis e cristalinas contrastando com o verde dos morros. Porém, para explorar o local só com monitores, que levam os visitantes para conhecer a Pedra Fincada, o Letreiro, a Caverna dos Morcegos e as Pedras Pretas do Norte e do Sul. Lá também é proibido acampar, fazer fogueiras e levar animais. No posto de informações turísticas é possível alugar um snorkel para observar a diversidade da fauna marinha. Fique ligado pois, embora a ilha seja aberta ao público, o número de visitantes e o tempo de permanência é controlado.

Outra parada obrigatória é a Lagoa da Conceição. O mirante, no alto do morro, proporciona uma vista privilegiada. O “centrinho” da Lagoa e a Avenida das Rendeiras são repletos de bares, restaurantes e casas noturnas. Conheça também o Centro de Referência da Renda de Bilro no Casarão Cultural Bento Silvério e veja de perto essa arte, trazida pelos açorianos ainda no século XVIII, que cria uma trama única de fios com a ajuda de alfinetes e de pequenas peças de madeira torneada, os bilros. O espaço abriga exposição de peças e apetrechos, lojinha e quatro oficinas semanais. Nas tardes de domingo, passe pela Praça Bento Silvério, para conhecer artesãos que vendem belos produtos feitos com a essa renda tão tradicional. Se der, pegue um barco até a Costa da Lagoa, uma comunidade isolada com natureza preservada e muitos restaurantes.

CULTURA, ARQUITETURA E HISTÓRIA

Além de todas as belezas naturais, Floripa tem muita cultura e história. A cidade nasceu em torno da Praça XV de Novembro. O local que abriga uma grande figueira centenária, ainda conserva a pavimentação de petit pavê com desenho do artista plástico Hassis, e expõe um Monumento em Honra aos Heróis Mortos na Guerra do Paraguai e bustos de renomados catarinenses. Museus como o do Palácio Cruz e Souza, o do Mundo Ovo de Eli Heil, o de Victor Meirelles, da Imagem e do Som, do Lixo, do Presépio e do Homem de Sambaqui resguardam com orgulho a arte e as tradições locais. Tombada como Patrimônio Histórico Municipal desde 1986, a Catedral Metropolitana, que em 1678 era chamada de Igreja Nossa Senhora do Desterro, recebeu várias ampliações, originando uma edificação que mescla harmoniosamente arquitetura colonial portuguesa a elementos do art nouveau e art déco. Um dos marcos da cidade, a Ponte Hercílio Luz, construída em 1926 para fazer a ligação com o continente, tem uma estrutura que impressiona.

GASTRONOMIA

Em uma ilha é difícil não pensar nas delícias do mar. Datado de 1898, o Mercado Público Municipal, um imponente prédio de cor amarela e detalhes brancos localizado em frente à Alfândega, é conhecido por oferecer uma rica gastronomia com pratos à base de ostras e mariscos.  A 15 km, fica Santo Antônio de Lisboa, o povoado mais antigo de Desterro, como era chamada a Ilha de Santa Catarina. Basta escolher um dos restaurantes que ficam de frente para a baía e se deliciar com os frutos do mar fresquinhos e a famosa Sequência de Camarão – uma sucessão de pratos feitos com o crustáceo – ou anchovas assadas na brasa. Aproveite a oportunidade para visitar a Igreja de Santo Antônio de Lisboa, e a singela igreja de Nossa Senhora das Necessidades, ambas edificadas no século XVIII. Agora, se você é fã de ostras, seu lugar é em Ribeirão da Ilha – responsável por 85% da produção nacional do produto. Há roteiros guiados com degustação para as fazendas de ostras. Não deixe de experimentar também os doces portugueses, herança dos açorianos naquela região.

 

Dicas legais:

– Considere a possibilidade de alugar um carro, já que as distâncias são grandes, mesmo na região da ilha;

– Apesar de ser relativamente segura em relação a outras capitais, não descuide de seus pertences pessoais e evite andar à noite em áreas mais isoladas da região central;

– Conhecer a parte sul de Floripa de bike pode ser uma alternativa bem divertida. Com duração média de 5 horas, o tour inclui o aluguel da bicicleta, o capacete e o acompanhamento de um guia. Se não estiver muito confiante no seu condicionamento físico, alugue uma bicicleta elétrica.

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